O Procurador-geral da República referiu, hoje, que o incidente na escola Carolina Michaëlis, do Porto, "é insignificante quando comparado com outras situações bem mais graves". E as situações "bem mais graves" que Pinto Monteiro lembrava são, nada mais, nada menos, que "alunos com pistolas de 635 e 9 mm" acrescentando, em tom já descomprimido, que nem falava "de facas, que essas são às centenas".
Ora, o que se estranha, no meio de tudo isto, é que Pinto Monteiro não tenha uma atitude de coerência com o que tem vindo a advogar, isto é, a obrigação social de todos os cidadãos (incluindo escolas, professores e funcionários, obviamente) de denunciar os actos agressivos dos alunos. Que eu saiba, uma pistola de 9 mm nas mãos de um garoto de 12 ou 13 anos é muito mais perigosa de que a maioria das agressões que se passam nas escolas.
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