- "É da maior importância esta decisão que hoje foi tomada. O país tem que fazer um investimento sério na modernização das suas infra-estruturas";
- "Uma vez que já temos deliberada a localização da nova travessia do Tejo, estão assim definidas as duas principais infra-estruturas que vamos construir nos próximos anos: o aeroporto e a nova ponte".
Quem aplaude?... Eu não. Sublinho a prepotência provinciana, a visão desgastada de uma opção ultra-centralizadora. Penso na ideia de país desta gente, na verdadeira modernização das infra-estruturas, nos "investimentos sérios" e o que realmente vislumbro é um país cada vez mais desigual e centralizado, em que a desertificação do interior, iniciada há décadas, se torna hoje num verdadeiro paradigma de modernização. Os exemplos são muitos e variados e vão desde o encerramento de serviços de saúde (maternidades, urgências), de escolas, de GNR, de agricultura, de finanças, de tribunais, até às próprias linhas de caminho de ferro, por onde os comboios outrora passavam. Mas tudo isto tem sempre alicerçado o padrão (justificação) semântico duma maior proximidade e melhor qualidade de vida e de atendimento. Tudo em nome dos cidadãos, claro.
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