Entre os muitos alvitres de Luís Filipe Menezes, há um ou outro que deve ser levado em conta. É o caso da descentralização de serviços. Nada de novo, é verdade. Já o extraordinário Santana Lopes, quando foi primeiro-ministro, transferiu parte dos serviços do Ministério da Agricultura para Santarém. Além disso, essa ideia nunca foi, efectivamente, posta de lado por ninguém, apesar de se ter tornado, aos poucos, peregrina.
Todavia, uma real descentralização de vários ministérios (e não falo aqui de serviços mais ou menos secundários), abrangendo todo o território nacional, é uma ideia que não deveria ser colocada na penumbra do esquecimento, mas, pelo contrário, ser levada (muito) a sério. Com efeito, não se vislumbra razão alguma, com um mínimo grau de racionalidade, para que o Estado - o Governo - se concentre, todo ele, no Terreiro do Paço. Afinal, vivemos num mundo globalizado, não é verdade? E Portugal, nesse campo, tem também de se globalizar, começando, obviamente, cá por dentro.
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