De vez em quando, Alberto João Jardim, o maior senhor da ilha da Madeira, brinda-nos com estrepitosas declarações, as quais têm, como único fito, aquilo que ele definiu (a respeito dos outros, claro) como uma espécie de auto-masturbação espiritual, seja lá o que isso representa na sua massa encefálica.
Porém, o que me espanta é a reacção que se gerou às palavras do presidente da Região Autónoma da Madeira. É que Jardim já proferiu, ao longo destes decénios, afirmações bem mais gravosas para a sanidade e equilíbrio da vida política regional e nacional. Por isso, as declarações do dirigente do PS-Madeira, as quais divagam sobre uma putativa ofensa ao Presidente da República são, simplesmente, patéticas. A ofensa - que existe - é sobretudo para os partidos que compõem a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, sobretudo para os deputados da maioria social-democrata, pois, como salientou Marcelo Rebelo de Sousa, é a esta instituição que Jardim, enquanto presidente, tem que prestar contas, e não o contrário. Só que as coisas por lá andam de tal maneira enviesadas que já ninguém sabe, ao certo, os papéis que a cada um cabe.
Por outro lado, se alguém espera de Cavaco um posicionamento político diferenciado daquele que foi o dos seus antecessores, pode esperar sentado. De preferência com uma cama ao lado.
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