- apenas 16 por cento das necessidades são colmatadas pela agricultura portuguesa.
- O país importa mais de 90 por cento do trigo e de cevada, cerca de 70 por cento do milho e mais de 60 por cento do centeio.
- Há 18 anos, os campos nacionais de cereais e arroz produziam quase metade do que os portugueses consumiam.
- Actualmente (treze anos depois), a produção destes produtos diminuiu, cobrindo apenas 27,4 por cento do consumo anual.
- Há quase duas décadas, os portugueses produziam mais de metade das leguminosas secas necessárias. Em 2003, 87 por cento era importado.
Ora, olhando para estes extraordinários números, não é difícil percebermos que, também na agricultura (reforço o também, pois estou a lembrar-me do estado da educação em Portugal), os diversos governos que nos lideraram não tiveram, nunca, a capacidade de negar as tentações programáticas vindas de Bruxelas. Por isso, em vez de campos agrícolas (temos, provavelmente, o melhor clima agrícola da U. E.), fabricamos campos de golfe (temos, provavelmente, o melhor clima turístico da U. E.) e projectos de interesse nacional, os famosos PIN.
Na verdade, estes dados são reveladores da qualidade dos políticos e dos governos que, de há trinta anos para cá, têm vindo a delinear o futuro do nosso país.
1 comentário:
Portugal virou um dos maiores importadores de alimentos na Europa, na ordem de 85% nos sectores de cereais e leguminosas, mas também nas frutas.
Os agricultores portugueses são pequenos e pouco competitivos. A Espanha, onde os produtores estão muito bem organizados, conquistou rapidamente 50% do mercado português de azeite.
Na Holanda, cerca de 70% da produção agrícola é comercializada por cooperativas de produtores, uma forma de reter mais rendimento no sector.
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