sábado, maio 31, 2008

o ataque de menezes

Luís Filipe Menezes, no último dia da campanha, deu um ar da sua graça, ao proclamar que não apoiaria ninguém mas... mas que saberia muito bem em quem votar (ou não teria dúvidas) se, em vez de directas partidárias, tivéssemos perante eleições legislativas. É evidente que Menezes, com estas rasteirinhas de trazer por casa, referia-se a Manuela Ferreira Leite, quando esta hesitou à pergunta se tinha ou não votado em Santana Lopes (teria sido só ela a não votar em Santana?!...).
Mas o mais interessante, a meu ver, destas asserções menezistas, liga-se ao facto de ter garantido que, com ele na disputa da liderança, ganharia com larga margem de diferença face aos restantes candidatos. Ora, esta divagação leva-nos, invariavelmente, à seguinte pergunta: se tinha tanta fé na vontade e crença dos militantes, por que é que não se candidatou? A resposta reside, portanto, na auto-análise que o líder cessante faz do seu percurso como presidente do partido. Mais: com estas declarações, o autarca de Gaia remeteu-se, de forma definitiva (embora ele acredite ou tente passar a mensagem que assim não será), para o feudo autárquico. Deste modo, o presidente da Câmara de Gaia salientou o engano que foi a sua eleição a líder do partido. É, sem dúvida, um digno rebate de consciência que vai mesmo contra, segundo o próprio, a vontade dos militantes.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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