quinta-feira, maio 29, 2008

outra vez a avaliação

Temos, novamente, a avaliação dos professores na ordem do dia sindical. Agora, são as quotas, emanadas pelos teóricos do Ministério da Educação, os quais proclamam que as escolas só poderão atribuir um máximo de 10% de classificações de "Excelente" e 25% de "Muito Bom", no âmbito da avaliação de desempenho dos professores, mas só se tiverem nota máxima nos cinco domínios que compõem a avaliação externa. Ou seja: segundo a minha leitura (e confesso que começo a estar cansado desta gente do ministério, nem sei, aliás, a razão por que ainda permanecem nos lugares que, para mal de todos nós, ocupam), a avaliação dos professores estará sempre dependente da avaliação da escola, mesmo que aqueles que são avaliados não tenham uma relação directa com o último momento de avaliação externa do estabelecimento de ensino (por exemplo, os professores que, no ano seguinte, iniciam, pela primeira vez nessa escola, as suas aulas). Mas a culpa é também dos sindicatos que se deixaram enredar pelo canto da sereia do ministério e andaram por aí a cantarolar vitória que, afinal - sabe-se agora - não foi mais do que simpáticos recuos administrativos. Enquanto isso, a educação afunda-se cada vez mais neste lamaçal que o Ministério desenvolveu, em nome duma obtusa transparência, em nome duma hipócrita exigência.
Na verdade, o que, ao longo destes últimos anos, se tem andado a debater não é educação. Neste sentido, é paradigmático como é que este despacho que define a percentagem dos "Muitos Bons", dos "Bons", dos "suficientes", etc. que cada escola deve estabelecer, foi apresentado, em conjunto, pelos ministérios da Educação e da Finanças. Curioso, não é?

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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