Fez bem Faria de Oliveira, presidente-executivo da Galp, apontar o dedo acusatório ao governo (aos governos) relativamente à excessiva tributação da gasolina. Ficámos, assim, a saber que a gasolina, em Portugal, é até mais barata da que é vendida em Espanha. Os impostos que o Estado arrecada é que são extraordinariamente diferenciados nos dois países. Aliás, não só na gasolina, mas também noutros tipos de bens de consumo (basta olharmos para os preços dos automóveis antes e depois da tributação fiscal).
Sempre me pareceu que um país que opte, no combate a défices e também como fonte de receita básica, por uma carga de impostos elevada, é um país que não tem confiança em si próprio, pois o raciocínio inerente será sempre o da receita garantida. Por isso, o capital de risco que os cidadãos são constantemente convidados a aderir, não é seguido pelo próprio Estado. E isso é um óbvio sinal de desencanto civilizacional, pois o sufoco que é diariamente exercido sobre o comum dos cidadãos, torna-se, gradualmente, insuportável.
Sem comentários:
Enviar um comentário