sábado, maio 10, 2008

o chefe da asae e a asae

António Nunes anda perdido. Tenho pena porque o homem representa bem os interesses da sua polícia, embora o faça de forma pouco convincente e, muitas vezes, risível (o paradoxo só o é aparentemente). De facto, quando ele foi à televisão jurar que os objectivos da ASAE nunca foram desenhados tendo em conta o número de detenções, de multas, de processos-crime, etc., de cada polícia, o Expresso apresenta, na última edição, o documento que programa a actividade de cada inspector, contrariando, portanto, a justificação de António Nunes. Por conseguinte - e somando a actividade de cada inspector - a ASAE deverá ter accionado, no final deste ano, 410 detenções, 25 420 processos por infracções, 1230 suspensões de actividade, 1640 processos-crime e 12 000 contra-ordenações.
Ora, o que me preocupa, no meio de tudo isto, é pensar se será este o procedimento, no que concerne aos objectivos a cumprir, das outras polícias. Logo eu que pensava que ainda há polícias compreensíveis na análise de determinadas situações de eventual transgressão. Afinal, os "compreensíveis" só o são porque já têm a sua quota de multas preenchida, presumivelmente por algumas semanas. Por outro lado, os outros, coitados, os que ainda não multaram, são os maus da fita, mas, na verdade, só estão a fazer pela vida, isto é, a cumprir, desesperadamente, a sua quota. Vou passar, daqui para diante, a enxergá-los com um maior entendimento.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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