Tudo começou quando Francisco Louçã, no Parlamento, exigiu explicações a José Sócrates sobre critérios tão estranhos como "verbaliza a sua insatisfação/satisfação face às mudanças ocorridas no Sistema Educativo/na Escola através das críticas destrutivas potenciadoras de instabilidade no seio dos seus pares?” A ministra da educação salientou posteriormente que este tipo de item foi rejeitado pelo conselho
pedagógico da escola, o que foi de imediato desmentido pelo presidente do agrupamento. A ministra, por sua vez, admitiu uma falha de comunicação (argumento recorrentíssimo nos dias que correm) salientando também que uma pergunta deste tipo não era de forma alguma aceitável (o que só lhe ficou bem). No entanto, o facto desta pergunta aparecer numa grelha que supostamente deveria avaliar a dimensão ética dum professor é, só por si, revelador duma certa hostilidade (ética) que começa, em primeiro lugar, nas cabeças da ministra e dos respectivos secretários de estado. Por isso, em certas personagens (e personalidades) que povoam as escolas básicas e secundárias, este tipo de orientação/comunicação verticalizada, é assimilada de um modo que objectivamente interfere no ambiente psico-pedagógico de outros agentes educativos, que - não por acaso - até são seus pares.Na verdade, este ministério iniciou uma espiral de contestação que naturalmente vai ter consequências. Basta ouvir com atenção o Presidente da República e facilmente se verifica que o seu apoio a Maria de Lurdes Rodrigues está já no mesmo patamar com o que foi dado a Correia de Campos. E este já por cá não anda, ou melhor, anda por aí, que é a melhor maneira dele andar por cá.

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