Vale a pena ler o artigo de opinião que Emídio Rangel elaborou (a custo, nota-se), na edição de sábado do Correio da Manhã (8-3-2008), a respeito da manifestação dos professores.
E vale a pena não por que Emídio Rangel diga alguma coisa de jeito (exercício de paciência), mas antes por que o artigo serve de paradigma a respeito do debate que se desenvolve na nossa sociedade a respeito desta reivindicação sectorial.
O que o ex-director da TSF faz não é mais do que um exercício de controlo de emoções. Na verdade, não se vislumbra um único ponto em que a racionalidade argumentativa prevaleça mediante o insulto fácil e brejeiro. É com este sentido aclarado que considera os professores de "travestidos de operários da Lisnave" e Maria de Lurdes Rodrigues como uma "ministra sábia, tranquila, dialogante, que fala com uma clareza tal que só os inúmeros boatos, a manipulação e a leitura distorcida do que propõe podem beliscar o que de boa-fé pretende para Portugal."
E por aí adiante. Uma verdadeira peça de jornalismo num estilo porventura um tanto dementado, mas que é, ainda, capaz de alguns esgares humorísticos (ou será que não era para rir?!...).
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