Parece-me incrível, completamente desproporcinado, que um jornalista como Fenando Madrinha recorra sistematicamente no mesmo erro de análise em relativamente à luta que os professores têm vindo a travar. O que os comentadores em geral revelam nomeio deste imbróglio educativo e contestatário é um menosprezo por uma classe que eles olham com ares de superioridade eventualmente moral, mas seguramente instrutiva (os professores, aqui - deve-se sublinhar - têm tido culpa ao longo destes anos de abulismo crítico...). O caso de Fernando Mdrinha é paradigmático:
O título do artigo elucida: "A reboque do PCP". Poderia ser escrito por Augusto Santos Silva, mas Fernando Madrinha poupou-lhe o trabalho. Insinuar que o PCP está por detrás deste tipo de manifestações é um completo disparate, ainda para mais quando FM ajuiza que as escolas "são talvez o mais firme reduto das esquerdas" (!). Na verdade, afirmações como a que FM esboça no seu artigo de que "professores ou não professores, comunistas ou não comunistas, os manifestantes desta tarde vêm protestar contra o Governo e já não contra este decreto do Ministério da Educação", são reveladoreas do posicionamento faccioso do autor.
Os professores que se manifestaram nesta tarde fizeram-no contra a política do Ministério da Educação e não contra a política do Governo em geral. Os macro protestos devem ficar a cargo dos partidos políticos. E hoje, apesar do posicionamento empático da oposição, quem esteve na rua foram somente professores. Por muito que FM não queira ver ou que lhe custe notar.
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