O Presidente da República fala e, por norma, não é claro naquilo que diz. Naturalmente que esta ausência de objectividade comunicativa não se deve a alguma deficiência vocabular. Pelo contrário, tudo se resume a uma imprecisa (vaga) noção de que o que se quer transmitir não poder ser dito de forma facilmente inteligível. Por isso expressões como "serenidade", "sinais positivos", "superar as dificulades" se tornem numa espécie de obrigativo comunicacional de Cavaco.
Daí que se verifique, em muitos jornalistas, autênticas doses de contorcionismo interpretativo no sentido de clarificar a mensagem do Presidente da República. Foi o que se passou hoje com o editorial do DN com o infeliz título O discurso-oráculo de Cavaco Silva.
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