segunda-feira, março 24, 2008

o fisco e os noivos

O simples facto destes senhores das finanças se lembrarem de enormidades tamanhas, como aquela de promover os noivos a fiscais dos impostos no dia do próprio casamento, obrigando-os a comunicar, ao respectivo departamento de finanças da zona, sobre outras eventuais celebrações que possam decorrer, nesse mesmo dia (ou nessa mesma tarde ou manhã), no local onde o seu casamento está sendo realizado, ou se o vestido de noiva foi oferecido por este ou por aquele e quanto é que custou, ou mesmo quantas pessoas é que foram convidadas para a cerimónia, é revelador dum estado preocupante em que a nossa democracia se encontra.
Parece que um Secretário de Estado das Finanças já admitiu que pode ter havido excesso de zelo nalgumas questões. Fica-lhe bem. No entanto, mantém-se a desvirtude desta proposta que é a de originar um clima de bufaria geral.
É evidente que ninguém está contra a obrigatoriedade de apresentação, por parte das entidades que fornecem serviços, dos recibos que justificam os diversos enquadramentos contratuais. O que está aqui em causa extravasa em muito meras formalidades tributárias e fiscais. Na verdade, ninguém tem que saber quem ofereceu o vestido, nem quanto custou, nem ninguém deve ser obrigado a atitudes persecutórias.
Mesmo que, como decerto alguém do governo justificará, isso se passe lá para os lados das Noruegas...

1 comentário:

samuel disse...

Bom post!
Acertámos no mesmo assunto.

Abraço

coisas

vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


neste momento...