sábado, maio 08, 2010

obras emblemáticas adiadas

Não é que mudar de opinião seja sinónimo de alguma espécie de fraqueza. Em política (como, aliás, em tudo na vida) pode até configurar uma atitude inteligente. A questão é outra e tem a ver com a própria comunicação política. Há uma semana atrás, ouvindo o primeiro-ministro a respeito deste tema, o que resultava era qualquer coisa como isto: o adiamento destas empreitadas não é solução; é tempo de Portugal respeitar os compromissos inadiáveis que são a base de desenvolvimento do país. Hoje, porém, é o oposto o que ele diz, embora - coisa extraordinária! - ele diga que não, que não existe contradição, que defende os mesmos princípios de investimentos públicos.
Como é possível defender veementemente uma ideia e o seu oposto em simultâneo, sem que a máscara diáfana da fantasia se obscureça? Quais as consequências que estes tipos de acções originam na política? Não estaremos, com estes políticos (poderia acrescentar uns tantos, desde o PC ao CDS-PP), num crescendo de desacreditação política? Andarão a política e a falsidade de mãos dadas?
Não sei, sinceramente, responder a estas perguntas, provavelmente retóricas. Mas conjecturo, sem qualquer presunção, que os estados de alma destes senhores não são compagináveis com aquilo que a política, na sua génese, representa.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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