quarta-feira, maio 12, 2010

sócrates e coelho

Esta intimidade latente entre os dois líderes parece-me demasiado plastificada. Não que não se afigure útil e profícua, pelo menos na aparência política e mediática. Acontece que estes dois partidos que se têm revezado no poder ao longo desta segunda república, hostilizam propositada e estrategicamente os restantes partidos parlamentares. É que medidas como as que foram propostas por Passos Coelho, as quais passam invariavelmente por uma distribuição racionalizada de uma diminuição dos salários dos funcionários públicos (com políticos e gestores de empresas públicas e de parcerias público-privadas à cabeça) e de uma discriminação positiva para os que auferem salários mais baixos, poderiam ser subscritas por todos os partidos, desde o CDS-PP (que foi o primeiro partido a focar este ponto, o que nos leva a acreditar que o espaço mediático de Paulo Portas está paulatinamente a ser ocupado pelo mais telegénico Passos Coelho) até à esquerda parlamentar. Mas talvez seja esta mesma esquerda (e porque não, o próprio CDS-PP) que os dois partidos temem. Afinal, o rotativismo não pode acabar.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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