Parece que o ministro Augusto Santos Silva anda por aí a bradar que nunca se viu tamanha indecência no que diz respeito à intromissão dos partidos na economia privada. Tudo por causa dos futuros orgãos que presidirão ao maior banco privado português. Fá-lo deste modo conclusivo: «nunca antes se vira na democracia portuguesa o facto insólito de um partido, neste caso o PSD, decidir fazer campanha por uma das listas concorrentes a um banco privado». Continua: «O PS pede ao PSD que, de uma vez por todas, acabe com esse tipo de comportamento, porque o destino de uma direcção de uma instituição financeira privada apenas compete aos seus accionistas, e não a partidos ou outras associações políticas».
A pergunta (muito ingénua) que eu coloco é a seguinte: mas não foi o tão proclamado acordo de cavalheiros (de partidos) que está na base de uma espécie de rotatividade entre os dois partidos de governo para o preenchimento deste tipo de altos cargos de gestão? Não se designará este tipo de comportamento como hipocrisia política?
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