terça-feira, janeiro 22, 2008

antónio nunes no parlamento

A recente visita de António Nunes, o inspector-geral da ASAE, ao Parlamento para "explicar aos deputados" os eventuais excessos persecutórios deste agrupamento de inspecção das actividades económicas (pelo sentido da sigla se nota que o termo polícia é completamente desajustado nos seus pressupostos de acção) revelou uma personagem sem surpresas. António Nunes começou por sublinhar que as suas declarações anteriores (que avisavam que metade dos restaurantes e cafés "estão condenados a fechar", segundo o semanário Sol) foram mal interpretadas e compreendidas (por sua incapacidade, referiu, como aliás, convém a um inspector-geral). Afinal, o homem quis simplesmente dizer o seguinte: "cinquenta por cento da restauração precisava de modernizar-se, adaptar-se" (DN). Esclarecido este importante ponto de reunião, António Nunes invocou ainda, de forma tão natural como quem bebeu de seguida um gole da água que assentava no seu copo, Bruxelas e a Europa e, qual um mágico a sacar da cartola o respectivo coelhito, tirou da algibeira umas fotografias degradantíssimas, com ratos, bolor, sujidade, baratas, aranhas e teias, onde a cor dominante era invariavelmente o branco sujo e o castanho besuntoso.
Por estas e por outras, estou propenso a crer que este sr. António Nunes ainda nos vai dar muitas alegrias.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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