quinta-feira, janeiro 31, 2008

barroso candidato a nobel da paz


O senhor que vemos na fotografia de gravata vermelha era na altura primeiro-ministro de Portugal e recebeu, extremamente vaidoso, os seus homólogos espanhol e inglês, mais o inenarrável presidente dos Estados Unidos da América, George Bush. Como sabemos, esta cimeira, apelidada por muitos como a cimeira da mentira ou dos mentirosos, originou uma das maiores catástrofes humanitárias deste início de século que é a Guerra do Iraque, onde morrem, diariamente, centenas de pessoas, entre soldados ocidentais e, principalmente, civis iraquianos. Para além disso, a intervenção levada a cabo pelo ocidente no Iraque (os quatro políticos representavam, no fundo, essa parte do mundo, numa espécie de cruzada dos tempos modernos) potenciou, de uma maneira extremamente nefasta, o terrorismo a uma escala nunca antes vista. Os atentados de Madrid e de Londres provam-no, assim como a insegurança psicológica que se vive nas grandes cidades do ocidente.
Mas nada disto parece suficiente para o desconforme José Ramos Horta, presidente de Timor-Leste, ao sugerir o agora José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia, para prémio nobel da paz (convém repetir, sublinhando-o, o nome do galardão: prémio nobel da paz). Ora este disparate de Ramos Horta vem provar que nem ele, um ex-premiado, entende muito bem o que representa um galardão desse tipo. Existe, pois, nestas coisas dos nóbeis, um completo desvirtuosismo daquilo que realmente representam.
Que Ramos Horta queira retribuir um favor qualquer a Barroso (eventualmente a Portugal) é lá com ele. O que é (ainda mais) estranho é a aparente anuência por parte do comité nobel a este tipo de candidatos.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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