sábado, janeiro 12, 2008

asae e o treino paramilitar

Uma coisa parece certa: se a ASAE não existisse o país não conheceria o seu extraordinário inspector-chefe António Nunes que, além de fumar em casinos nas primeira horas da sua proibição, de proferir frases como "se não quisermos viver nesta sociedade, podemos sempre emigrar", sustenta agora a necessidade de equipar o seus polícias com treinos ministrados pelas forças de intervenção americana SWAT. Deste modo, os futuros agentes da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica podem sempre ser coerentes com a vestimenta preta e gorro da mesma cor com que se transvertem e partir para uma fiscalização das feiras, restaurantes (fumos, alimentos, higiene), praias e as bolas de berlim, das colheres de pau e do arroz de cabidela, dos copos bem lavados e sem mácula de vestígios microbióticos, mais musculada. Perante isto, quem será o tolo que se arriscará a acender um cigarro sem ter a certeza absoluta que está dentro da completíssima legalidade? Ainda vamos ver restaurantes a servir um arroz de forno em catacumbas fortemente vigiadas do exterior por umas insuspeitas microcâmaras. Repito: o que o país perdia sem este sr. António Nunes...

(publicado no jornal Expresso no dia 19/01/2008)

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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