terça-feira, fevereiro 05, 2008

telmo correia assina 300 despachos na sua última madrugada

Uma pergunta impõe-se: o que faz um ministro do Turismo assinar, nas últimas horas ministeriáveis, cerca de 300 despachos, entre os quais um que regulamenta que o Casino de Lisboa passe para as mãos da Estoril Sol no fim da concessão do jogo, contrariando uma primeira versão que anunciava o contrário, isto é, o retorno do edifício do Casino para as mãos do Estado? Esta discussão levanta novamente a dicotomia entre a lei e a ética: o que legal não é muitas vezes ético e o que é ético pode não ser muitas vezes legal. Por isso, já que estes senhores (ou por desprezo da coisa pública, ou mesmo por inocência) não se revelam capazes de superar uma eventual alarvice signatária de última hora, deve ser regulamentado o que um ministro deve ou não fazer nas últimas horas do seu mandato. Sei que por uns pagam os outros (sempre assim foi), mas começamos todos a estar fartos destes truquezinhos de palmatória, em que tudo se resume a uma boa retórica.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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