Não posso estar mais de acordo com Fernanda Câncio, jornalista do DN, que, em artigo de opinião, esboçou uma análise crítica, a roçar eventualmente as fronteiras da análise psicanalítica, sobre Santana Lopes. Este, em entrevista à SIC, recorreu à imagem paterna para se automartirizar com as críticas que lhe têm sido feitas a propósito da denúncia, feita pelo jornal Expresso, de um alegado favorecimento da Estoril-Sol efectuado pelo seu governo. "O meu pai fez 75 anos e no jantar de aniversário tive de estar a explicar isto", atirou, lastimosamente, o líder da bancada parlamentar do PSD. E continuou: "cada vez que ponho a cabeça de fora, começa o tiroteio".
Sejamos justos: Santana tem uma certa razão. Na verdade, o homem é um político permanentemente na mira dos jornalistas que, ao mínimo desconchavo (comportamental, verbal...), todos lhe saltam em cima. O problema é que estas personagens se põem sempre a jeito, pois não resistem a luz efémera dos holofotes.
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