domingo, abril 10, 2011

o ps em congresso, em matosinhos

As trompetas esganam-se de cada vez que o nome de José Sócrates é pronunciado. António Vitorino, no alto do seu palanque, que o diga. O camarada Sócrates responde, com intensidade inquiridora e lacrimejante, para as suas devotas tropas, com gestos, silêncios, nadas... Afinal, o tempo é de conluios e não há lugar para dissidentes. O congresso é um lugar de desespero, de catarses enviesadas. Sonha-se com impossibilidades: aquilo é uma impossibilidade. Os comentadores, também eles, apesar de avisados, levados pela corrente orgânica do sucesso, vão deixando a mensagem: Sócrates é mesmo um animal... terrível... feroz... político. A nação treme, pois, de medo: voltaremos a existir com Sócrates ao leme?...
A estratégia do PS para estas eleições foi definida antes do Congresso. Resume-se a uma palavra: vitimização. Neste sentido, a culpa não morreu solteira: chama-se Cavaco Silva e PSD. Dantes havia um PEC4; agora há um remodelado PEC4. Dantes não havia FMI; agora já cá mora. Por conseguinte, teremos um PS numa posição curiosíssima: a sua campanha será uma espécie de oposição às suas marcações governativas. A esquerda terá, portanto, um nome: Partido Socialista.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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