terça-feira, abril 19, 2011

o político tipo do psd coelhista

É notório que Passos Coelho tem mergulhado num paulatino declínio no que diz respeito à sua mensagem política, se é que alguma vez teve alguma. Ganhou a direção do partido como uma espécie autocultivada de homem novo político, o que, nos tempos que correm, queria somente dizer que não é aldrabão. Ora, quanto a este qualificativo, estamos conversados com a história do saber/não saber atempadamente do PEC 4.
Chegou a altura das apetecíveis (apetecíveis? Que ideia obtusa, pacóvia, delirante, acusar-me-ão alguns deles) listas de deputados e, com estas, algumas (notórias, demasiadas...) recusas. A par de alguns indefetíveis como Miguel Relvas, eis que surgem algumas caras novas (novas?!... Eu?!... Incriminar-me-á o ofendido) como o senhor que se apresenta com esta prosa deliciosa em artigo no Jornal de Notícias de ontem, de seu nome Carlos Abreu Amorim, cabeça de lista por Viana do Castelo:
“O que me leva, enquanto professor em duas universidades, escrevendo regularmente em três publicações de prestígio, comentando o estado do país na televisão e tendo-me tentado afirmar por uma visão politicamente livre e desinteressada, a aceitar um convite para ser candidato a deputado nas próximas legislativas? Que razões motivarão o risco de abandonar uma posição confortável e a amena arrumação das rotinas existenciais estabilizadas em prol de uma vida de alvoroço em Lisboa, numa cidade que não é a minha, distante da família e dos amigos de sempre e irremediavelmente colocado numa perigosa fronteira com a contagiante lógica da corte cujos desmandos tanto tenho combatido em intervenções públicas?”

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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