sábado, dezembro 01, 2007

os filhos que não nascem em Portugal

Cavaco, aqui há tempos, insurgiu-se, preocupado, sem contudo apontar soluções (como convém, aliás, a Presidente da República que se preze de o ser), sobre a baixa fecundidade dos jovens casais portugueses. Deixou mesmo a pergunta no ar: "Porque é que a natalidade é tão baixa em Portugal? E o que é que se pode fazer para que a natalidade não seja tão baixa?"
Ora bem, parte da resposta às interrogações (retóricas ou não) do Presidente da República vem hoje escarrapachada no jornal Expresso, e logo como título sensacionalista na primeira página: "Médicos e professores pedem comida para os filhos". Depois, a notícia se desenvolve nas páginas interiores do jornal, relevando, no entanto, o essencial: a carestia da vida, o crédito mal parado e excessivo, a insensibilidade dos bancos (e do Estado) quando se trata de reaver as dívidas.
Perante cenários destes, quem é que tem coragem de ter mais que um filho? Fosse Portugal um país mais equilibrado, menos obsessivo com défices comunitários, mais civilizado no sentido de proporcionar aos cidadãos uma estabilidade profissional e (consequentemente) mental e social, e veria Cavaco Silva se os portugueses fecundavam ou não. É que sol em Novembro já nós temos. Falta é o resto, que é tudo!

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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