sábado, dezembro 01, 2007

Miguel e Vasco: zangam-se as comadres...




Sigo com interesse a contenda entre dois dos principais comentadores políticos da nossa praça. Miguel Sousa Tavares tem coluna assente no Expresso depois de a ter no Público; Vasco Pulido Valente tem-na no Público. No entanto, o que se poderia transformar num modelo de debate entre duas personalidades com características pessoais não tão diferentes como muitos pretenderiam (a começar, naturalmente, pelos próprios), virou uma zanguinha de trazer por casa, em que um diz que tem pena do outro (Miguel à TSF) e o outro responde que as análises históricas do seu contendor "são, além disso, de um primarismo, de uma banalidade e de uma ignorância, que não permitem o mais vago entendimento do que se passou" (Vasco ao Público).
Mas o que torna também interessante esta esfrega "intelectual" é o ruído que tudo gerou, em que outros analistas político-sociais tomam notoriamente partido sem o mínimo de esforço de análise, isto é, tendo em conta apenas postulados pessoais. Neste sentido, fiquei inquieto ao ouvir o programa Contraditório na Antena 1. Exigia-se somente duas coisas a pessoas que têm oportunidade de serem ouvidas por milhares de outros concidadãos: honestidade na análise e que esta se não alicerçasse em paradigmas psicanalíticos.
(publicado no jornal Público em 09 de dezembro de 2007)

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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