Tanto o PS como o PSD meteram-se num imbróglio político ao sublinharem a importância do referendo ao Tratado Europeu. É certo que o tecido semântico do documento é tudo menos claro, mas isso é-o não só para o povo com também para aqueles duzentos e tal deputados que, sentadinhos nas suas cadeiras do hemiciclo, se debruçam sobre si próprios.
Fica então a lição para os partidos do arco da governação (expressão de Paulo Portas): para a outra vez não andem por aí a prometer demagogicamente coisas que não sabem se querem efectivamente cumprir. Para isso existem os outros partidos. Esses sim, devem confrontar os Menezes e os Sócrates com o melindre político de certos temas. É precisamente essa uma das razões das suas existências.
Mas agora não vislumbro outro caminho que não seja o que prometeram. A não ser que as cúpulas partidárias destas duas opções políticas conjecturem outras preferências. E parece-me que até nem será muito difícil... Nada a que não estejamos habituados.
A política anda descredibilizada, não é o que dizem?...
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