quarta-feira, junho 03, 2009

vital moreira

Do ponto de vista discursivo, Vital Moreira não se enquadra numa campanha eleitoral. E não é por ser professor doutor de Coimbra, conforme Almeida Santos justificou, burlescamente, aquando do anúncio do cabeça de lista do PS. Há, de facto, qualquer coisa de anacrónico na personagem. Não sei se é a escola do PCP dos anos subsequentes à revolução que lhe enubla o pensamento, ou se estamos perante um mero e infeliz caso de falta de jeito. De facto, todo o argumentário do candidato parece ter saído dum qualquer baú de retórica política mais embusteira. Basta vê-lo e ouvi-lo nas justificações que dá para tudo. Ainda agora o ouvi desenvolver as razões de não ter aceitado o frente a frente com Paulo Rangel. O raciocínio justificativo é não só extraordinário como estafado: não quis oferecer tempo de antena ao outro candidato. E o modo como levianamente desdiz o que anteriormente afirmou de forma inflamada? Veja-se, por exemplo, o apoio a Barroso. Agora já disse que não disse o que disse. Ou seja: já coloca a hipótese de apoiar Barroso se o PPE ganhar as eleições. Percebe-se? Também não é para perceber. É, como diz muito boa gente, para ir percebendo.

Sem comentários:

coisas

vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


neste momento...