sexta-feira, junho 19, 2009

a entrevista

Vi somente uns salpicos da entrevista do primeiro-ministro. No entanto, o que as televisões passaram, e, principalmente, o enfoque dos respectivos jornalistas e comentadores, dá para entender sobre o modus faciendi da política nos nossos dias. Com efeito, todos se viraram para a forma, qual uma qualquer revista, dessas que por aí pululam que mais não fazem do que esquadrinhar a vida dos chamados famosos (e não é preciso procurar muito se tivermos em conta o ícone português do momento, o Cristiano Ronaldo) e nada para a substância, o conteúdo. Sócrates pensa (e não sei se se engana) que a política pouco mais é do que imagem. A sociedade, guiada pelo superficial que as televisões expelem, ajudam de que maneira na mentira. Nesta decorrência comunicacional, o drama está criado: afinal, quem é José Sócrates? O outro, aquele que avança destemido, o teimoso, o irascível? Ou este, com olhinhos de carneiro mal morto, que pede desculpa por tudo e por nada e que implora aos portugueses que o não abandonem, com juras metamórficas? Estou confuso. Com toda esta dubitabilidade, o melhor é mesmo não caucionar. A questão, agora, é outra: em quem acreditar?

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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