domingo, março 29, 2009

Uma reportagem no Expresso

Confesso que me custou a entender a prosa pretensamente poética do jornalista Bernardo Mendonça inserida na revista Única de 28 de Março último, na qual o autor desenvolve uma reportagem cujo título é, significativamente, “Tony, olha como é brutal o mar!”. O que se quis provar com tudo aquilo? Que há miúdos, no interior do país, que tratam os professores por “vai para o c…” e que nunca viram o mar?... Só isso? Deveria o jornalista dar também uma volta por esses recantos de Lisboa e facilmente encontrará uns miúdos que tratam o professor com um excelente “vai para o c…” e que nunca viram os planaltos transmontanos ou as serras da beira, ou ainda os verdejantes montes minhotos. A suposta exemplaridade da reportagem seria, pois, igual. Sem poesia.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tens muita razão no que dizes. Penso que há mais pessoas que vivem perto do da costa que nunca vieram a trás os montes ou a outos sítios do interior do que pessoas do interior que nunca viram o mar. Mas nisso nunca se fala, não é?

IM

Anónimo disse...

POis é! Estranho este tipo de reportagens. SErá que nunca foram aos recantos de Lisboa, Porto ou mesmo, sei lá...Londres? É que aí existe muita podridão e muita ignorância. Diria até que se quiserem encontrar um parolo a sério têm de o procurar nas cidades. NO campo também os temos, mas creio que nas cidades há muitos mais e mais engraçados.

coisas

vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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