Silva Carvalho foi um espião português. Um dia, demitiu-se e passou-se para uma empresa privada de comunicação. Esta recebeu-o de braços abertos, pois não é todos os dias que se é subordinante de um homem cheio de segredos públicos e privados. Silva Carvalho era amigo do senhor dr. Relvas (de quem?!... Ah!...). Silva Carvalho foi acusado de violação do segredo de Estado e de abuso de poder e de divulgação de dados pessoais alheios à sua insigne pessoa. Deixou-se de falar de Silva Carvalho. De repente, Silva Carvalho aparece nos noticiários porque foi reintegrado na função pública, nada mais, nada menos do que a presidência do Conselho de Ministros. Justifica-se, candidamente, o Governo de que há uma lei que obriga a reintegração de quem cumpriu, pelo menos, seis anos em cargos públicos. Elevadamente, presume-se. Silva Carvalho já afirmou que serve o país há vinte anos e que continuará, satisfatoriamente, a honrá-lo.
Esta é apenas uma narrativa dos nossos dias políticos, atabafada por uma outra, que tem mais encanto e share televisivo.
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