Pareceu-me expectável, a partir de certa altura que não sei precisar (um ano a esta parte?) a saída de Daniel Oliveira do Bloco. Na verdade, a roupagem de comentador político investido de liberdade opinativa não se adequava a uma militância política, naturalmente ativa. A renúncia de Francisco Louçã trocou-lhe as voltas (ele gostaria de ter tomado esta atitude com Louçã a liderar o partido, para melhor apontar o dedo acusador). Como não foi possível, justificou-se desta maneira um pouco aturdida, numa declaração de cinco páginas, sem direito a resposta, como convém (está tudo nas cinco páginas que escrevi, terá dito aos jornalistas).
Não há, pois, crise. Pelo menos, esta não virá por aqui. O Bloco perde um opaco militante, mas o comentário político ganha um eficaz protagonista. O défice, aqui, é positivo.
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