Vejo ali na televisão António Barreto criticar, com razão, as opções de Portugal enquanto país de há 20 ou 25 anos atrás. Viviamos então envolvidos e mergulhados na onda europeia de uma espécie de refundação nacional, onde as prioridades se centravam no que era novo: autoestradas e subsídios da CEE. Deixávamos para trás importantes setores estruturais da nossa vida enquanto nação: a agricultura, o mar, as pescas. Lembro-me desses tempos. E o que me recordo é que andávamos todos embevecidos com os novos caminhos que os automóveis, impingidos cada vez mais veementemente em suaves prestações, breve e celeremente percorreriam.
Pena foi que estes visionários do passado não tivessem projetado esgares luminosos para o futuro. O futuro que, afinal, chegou neste presente.
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