domingo, dezembro 19, 2010

a campanha

As ideias sobre a presente pré-campanha (e a futura campanha) presidencial estão desde há muito formatadas. Todas elas vão ao encontro de uma caraterística preconceituosa da classe jornalística. O desinteresse é a nota dominante nesta gente. De uma maneira geral, os candidatos são avaliados pela espuma vaporosa das suas palavras e não pelas ideias que criticam ou que apresentam. Ou porque Fernando Nobre se apresentou exageradamente delicado para com Cavaco Silva (o último candidato a tratar grosseiramente um presidente em exercício - Basílio Horta - obteve um resultado miserável, de acordo, aliás, com a miserabilidade da sua campanha), ou porque Francisco Lopes é uma cassete comunista (esta ainda pega), ou ainda porque Manuel Alegre se agarra ao seu milhão de votos de 2006, ou porque Defensor Moura não tem ideias (crítica que é, na verdade, garantida para todos), ou ainda porque Cavaco Silva se limita a deixar escorrer, em percurso digressionista, o seu vazio ideotemático.
Eu sei que as preocupações dos portugueses nesta altura não se prendem muito com eleições, sejam presidenciais ou outras quaisquer. No entanto, seria bom que a imprensa fosse capaz de, desta vez, remar um pouco contra a maré cada vez mais afetada que teima grassar, resolutamente, na sociedade portuguesa.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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