Se dúvidas houvesse relativamente ao espermático culto em torno da figura emblemática de José Sócrates que o PS, enquanto partido-sustentáculo do governo, teimosa e inoportunamente desenvolve, o artigo de Maria Belo hoje no Expresso assume, de forma inequívoca, esse novo paradigma político-estratégico socialista. O título é, desde logo, sugestivo e introdutório da patetice que se lhe segue: "O PS, um partido para lavar e durar". Depois, há coisas destas: "finalmente temos, nós cidadãos, a impressão de sermos governados por um governo democrático. O primeiro-ministro e os membros do governo formam uma forte equipa de homens e mulheres, mais ocupados com o andar do país do que com a politiquice. Errar é humano e falharão aqui e ali. Mas a segurança que transmitem, mesmo em plena crise internacional e nacional é evidente. E este é com certeza o mais visível efeito da liderança de Sócrates". E destas: "Sócrates pegou no PS (...) e fez dele um partido de quadros".
Todo o artigo é, pois, construído nesta inocuidade simplória que envergonhará qualquer socialista que se preze.
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