terça-feira, fevereiro 17, 2009

o decréscimo do bcp

Com prejuízos assim também eu me governava. Desculpem o populismo desta minha afirmação axiomática, mas a verdade é que a notícia saída hoje, ao fim da tarde, sobre a queda de 64% do lucro líquido do BCP em 2008 face ao ano precedente, não deixa de configurar - de sublinhar- a exaltante veia hipócrita da banca - banca também mundial, diga-se de passagem -, relativamente aos dias de crise financeira em que vivemos. Ora, como também se soube, o desvario financeiro de 64% so deu para encaixar, em 2008, 201 milhões de euros. É, pois, um número que de certo modo ilumina aqueles que têm - com inteira razão - subscrito a falência do liberalismo tout court. O que me arrepia, no meio disto tudo, são os sinais de que, passada a procela, tudo poderá ficar na mesma, isto é, vamos continuar a servir de alimento para aqueles que, diariamente, nos hão de comer.

(publicado no jornal Público em 19/02/2009)

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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