Para já, o corte dos subsídios de natal e férias tem um balizamento temporal de dois anos. Depois... bem... depois logo se vê... Com efeito, é este singelo raciocínio económico que tem sido plasmado, ora mais encobertamente, ora através de afortunados discursos diretos, pelos responsáveis governativos. E quando se fala em responsáveis governativos, aparece, à cabeça, Miguel Relvas, o verdadeiro superministro deste Governo. E Relvas referiu hoje que "muitos países só têm 12 vencimentos", e que só os países do sul - Portugal, Espanha e Itália - compartilham a loucura dos 14 soldos, precisamente, sublinha, manhosamente, o ministro, aqueles que se encontram em dificuldades económicas.
E pronto, Relvas, num abrir e fechar de olhos, estabeleceu uma relação de causa e efeito digna de um felicitado prémio, senão nobel, um outro qualquer. Ficamos, no entanto, sem saber se os 14 meses de ordenado serão distribuídos pelos 12 (se tal propósito se concretizar) ou, simplesmente, se 12 meses serão distribuídos por 12.
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