quarta-feira, setembro 17, 2008

a esquerda bloquista

É por estas e por outras que olhamos para o Bloco de Esquerda e vemos cada vez mais um agrupamento que se define de esquerda porque sim. Vem isto a propósito das declarações de João Semedo, deputado do partido, ao criticar o PCP por seguir uma política de extrema-direita. Tudo porque os comunistas, através do seu líder Jerónimo de Sousa, ousaram (o verbo encaixa aqui na perfeição tendo em conta as particularidades encefálicas do senhor deputado) esgrimir, no comício de encerramento da festa do Avante, um argumentário dedicado à questão da insegurança. Ora, como na cabecinha dos bloquistas (jovens e velhos) insegurança, polícias, criminalidade e outros temas afins são de direita, o tom comunista constitui, para a trupe, um verdadeiro sacrilégio. Eu sei que o Bloco foi constituído como um partido de ideias, conscientemente fora do arco governativo. Mas esta idiossincrasia não deve ser tubular. Um partido político deve ser, por definição, aberto, transparente, anti-tabus. Com certificadas paredes de vidro.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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