segunda-feira, julho 14, 2008

o livro sobre scolari

É um sinal dos tempos estes livros sobre as personagens do futebol. Agora é Scolari o visado. E, como não podia deixar de ser, é um jornalista que toma em mãos este nobre trabalho de verter em letra o pensamento do ex-seleccionador nacional. Assim, José Carlos Freitas, actualmente jornalista do Record e antigo assessor de imprensa da FPF entre Agosto de 1999 e Abril de 2003 (que grandes tachos estes indivíduos arranjam!), escrevinhou um livro com o piroso título Luiz Felipe, o homem por trás de Scolari. Aliás, esta titulação encaixa na perfeição com o protagonista, o sr. Scolari. No entanto, podemos encontrar um lado positivo nesta emergência dogmática relativamente ao profundo conhecimento de Scolari sobre o ser humano (desde sempre considerado o grande trunfo deste líder de homens) mas, principalmente, sobre o futebol. Basta olharmos para as suas justificações da não convocatória de Vítor Baía. Diz então Filipão, segundo o jornalista José Carlos Freitas, que foram as queixinhas dos jogadores, a par do que Mourinho disse sobre o guarda-redes do FCP (ao considerá-lo, de longe, o melhor guarda-redes português), que o influenciaram na escolha do guardião da baliza da selecção. No caso de Mourinho, Scolari sentiu que, se convocasse Baía, estaria a dar um sinal de cedência a pressões exteriores.
Foi, portanto, assim, com estes estratagemas de café, que Scolari andou por aqui a ganhar, durante cinco anos, milhares e milhares de euros. O mais interessante de tudo isso é ouvirmos os nossos comentadores desportivos opinarem sobre estas estratégias do treinador do Chelsea (que, como é óbvio, nada têm de relevante no que concerne à prática do futebol) como se de grandes e arrojadas decisões se tratassem. Andámos cinco anos nisto. Foi preciso este livro vir a lume para realmente vermos as grandes opções tácticas de Luiz Filipe Scolari, o Filipão.

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns!
Subscrevo tudo o que disse. De facto o futebol serve para alimentar a "genialidade" de muitos com as tácticas que todos temos, ou seja: "força", "vontade", "alegria",... acrescentando-se uma dose teatral de intransigência (fica sempre algo de misterioso e admirável no ar).
Espero que se lembrem que nos últimos campeonatos de França e Coreia jogámos de facto bom futebol. Neste último quando o treinador chegou foi corrido à pedrada. Não sei o que Scolari fez de melhor para não ter tido o mesmo tratamento.

coisas

vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


neste momento...