Silva Pereira encerra o debate. Retoma o discurso de Sócrates e o deve e haver entre a anterior legislatura e a presente. Fala como se o país não existisse, ou seja, com se fosse outro o país. Se é tudo tão cor-de-rosa (ele não aceita a cor negra para analisar o estado social do país, como referiu), por que será que é precisamente através de um descontentamento social que os portugueses, de uma maneira geral, se fazem ouvir? Antes dele, Vera Jardim teve uma boa peça retórica, mas não mais do que isso. Valeu pelas gargalhadas proporcionadas à bancada socialista (do que se ri esta gente?). No entanto, o que disse foi igual a zero.
Decididamente, estas pessoas, representantes do povo, têm um discurso esgotadíssimo. Paulatinamente, os portugueses (aqui está uma boa coisa que a educação pode e deve proporcionar, isto é, uma percepção mais racional das questões políticas...) se vão percebendo que nada mudará enquanto tudo for espuma discursiva. É que não pode haver, de um lado, um partido que, por estar no governo, é senhor da razão e um outro que, por querer se governo, ataca tudo quanto o governo edifica. Depois, quando a moldura política se modifica, o governo passa a oposição e esta a governo. E trocam - literalmente - os papéis.
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