Paulo Portas defendeu a nomeação de Castello-Branco, ex-vice presidente da Câmara do Porto, para a administração da empresa Águas de Portugal. Não foi, no entanto, muito criativo na sua argumentação. "É uma pessoa muito qualificada", diz o ministro dos negócios estrangeiros. No entanto, Portas esbarra contra uma parede de palha quando toma uma - esta sim, inovadora - singular defesa do norte (este homem não é do norte...): "a menos que seja por uma questão de xenofobia contra o Norte". Onde já se viu Paulo Portas com este tipo de discurso? Não me recordo. O que verdadeiramente sobressai, nesta desarrazoada declaração - acoplada a outras do mesmo teor de outros membros do Governo, a começar pelo próprio Passos Coelho, um primeiro-ministro cada vez mais notoriamente impróprio para o cargo que ocupa - é o desprovimento de decência política do executivo.
O tempo que vivemos não se deve limitar, no que à ética diz respeito, aos voos em económica nem às "desgravatadas" decisões da ministra Cristas. Deveria ser um tempo de mudança de mentalidade. E estou cada vez mais convencido que será o povo a iniciar mais esta revolução.
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