terça-feira, maio 03, 2011

o momento político de sócrates

Sócrates fez a esperadíssima declaração ao país, dando conta dos resultados da decisões da troika, a qual é composta, como se sabe, por delegações do FMI, Comissão Europeia e BCE. E o que se passou, com toda a solenidade do depoimento (ao ponto de ter um Teixeira dos Santos que mais parecia um candeeiro mal iluminado) foi deplorável. Em primeiro lugar, porque Sócrates nada disse. Pelo contrário, discorreu sobre o que aparentemente não ficou decidido pelo triunvirato. Depois, porque Sócrates apareceu como um vitorioso e não como principal responsável pela crise em que nos encontramos. E a palavra crise de repente deixou de fazer sentido na semântica derramada pelo primeiro-ministro. Ao ponto de nos questionarmos, a fazer fé nas suas palavras (coisa impraticável conhecendo a peça) sobre a necessidade desta ajuda.
Desgraçadamente, o PSD conseguiu entrar na onda politiqueira eleitoralista da missiva. Catroga depressa veio à televisão rebater as palavras de Sócrates. Não poderia ser de outro modo, é verdade. Mas há formas e formas. E neste ponto, Assunção Cristas bateu aos pontos tudo e todos. Disse simplesmente que não conhece o resultado da suposta negociação.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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