quarta-feira, outubro 22, 2008

a promulgação

O que impressiona na promulgação da lei do Divórcio, é que Cavaco Silva ainda não disse por que razão a promulgou. Até agora só temos ouvido, por parte do chefe de estado, apreciações como "as dificuldades interpretativas do diploma", "a desprotecção da mulher e dos filhos menores" que o mesmo potencia, a "visão contabilística do casamento", etc. Acrescenta ainda, de forma verdadeiramente extraordinária, que as suas dúvidas, impostas pela sua "consciência e lealdade institucional" (!), não se alicerçam em "qualquer concepção ideológica sobre o casamento, mas apenas a necessidade de proteger a parte mais fraca nos contextos matrimonial e pós-matrimonial, de acordo com uma análise realista da vida familiar e conjugal no nosso país".
Vamos lá ver se percebi: o presidente levanta dúvidas para proteger a parte mais fraca? Mas não seria mais óbvio que essa protecção passasse pela não promulgação do documento?!...

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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