quinta-feira, outubro 16, 2008

os empatas

Empatámos contra a selecção da Malta (desculpem, Albânia). De imediato, apareceram os "experts" do costume, aqueles que comentam os jogos da maneira mais científica possível (a emotividade/espontaneidade de Sclolari versus a cientificidade de Queirós... andei a ouvir isto na rádio o dia todo!...). São, simplesmente, incautas as opiniões de praticamente toda a gente que opina sobre futebol. Aliás, esta gente que é remunerada (presumo que desafogadamente) não faz mais do que reflectir o povão, isto é, aqueles indivíduos que ora gritariam efusivamente se Portugal tivesse marcado um golo, reiterando a a nossa predistinação para altos voos futebolísticos, ora despachariam, enraivecidos, o treinador e os cristianos da equipa "de todos nós" (bela expressão), na eventualidade de Portugal perder (ou empatar), por exemplo, o próximo jogo contra a Suécia (neste âmbito, os responsáveis pela Federação - e clubes - agem do mesmo modo, como se passa com as famosas declarações, depois destes jogos frustrantes, que está tudo bem com o treinador, e que este merece toda a confiança, etc. etc. etc.).
Acontece que Portugal está, no futebol, a atravessar o fim de um (bom) ciclo. A diferença é que outras equipas que percorreram, do mesmo modo, momentos áureos, conseguiram, ao contrário do que sucedeu connosco, ganhar alguma coisa: um campeonato da Europa ou do mundo ou até - na pior das hipóteses - não terem ganho nada mas terem deslumbrado. Com Portugal nada disso aconteceu: nem ganhou, nem verdadeiramente deslumbrou.

Sem comentários:

coisas

vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


neste momento...