A história conta-se em poucas e simples palavras. Um afagado grupelho de alunos de uma turma do 11º ano, em Oliveira do Bairro, roubaram a pen da professora de biologia, com o vetusto intuito de conhecerem, em primeiríssima mão, os exames da disciplina. Para isso, conquistaram a preciosa ajuda intercalar de alguns colegas, os quais remeteram a professora para o pbx da escola, a fim de atender um ausente telefonema.
Nada de anormal, até aqui. Nada do que outros alunos, noutros tempos, não houvessem já elaborado, com ou sem telefonema, mas decididamente sem pen. A escola foi quase célere a sancionar os alunos: alguns foram alvo de sete dias de suspensão; outros ficaram-se pelas 24 horas, de acordo, naturalmente, com o grau de envolvência no ato.
O que não deixa de ser singular - e um espelhamento dos tempos - foi a rapidez com que uma mãezinha (e aqui o diminutivo é óbvia e depreciativamente propositado) recorreu para a Direção Regional de Educação do Centro, a fim de anular tão pesada sentença. Este órgão, em arrumação de casa, determinou que um dos prazos havia sido ultrapassado pela direção da escola, anulando o castigo.
Está, assim, narrada a história. Pensei de imediato na mãe de Bragança que enviava as respostas do teste para a filha de dez ou onze anos, via telemóvel. O problema disto tudo é que estes pais são já fruto de todas as experiências educativas do nosso famigerado incrédulo sistema de ensino.
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