A candidatura de Conde Rodrigues a juiz do Tribunal Constitucional levantou polémica na praça política. E não consigo vislumbrar o porquê. Acaso não foram sempre os partidos a partilhar desde sempre as cadeiras do Palácio Ratton? Qual a diferença se este saiu há pouco tempo do Governo? Por que razão atira Paulo Portas com um "acho que o Tribunal precisa de juízes credíveis e não de juízes de partido"?
De qualquer modo, estes lampejos iniciaram uma envergonhada vaga de contestação ao próprio tribunal. Será preciso um tribunal fiscalizador da constituição? Não existe para isso o Presidente da República? Pois a equação deveria, a meu ver, ser colocada ao contrário: se já existe um órgão para fazer cumprir os preceitos constitucionais, então qual o papel do PR? Alimentar o uso estafado da palavra?
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