sábado, abril 07, 2012

Manuel Alegre, afinal, não queria ser presidente

Não lembrou ao diabo mas lembrou a Manuel Alegre: ficamos hoje a saber pelo próprio que o candidato a presidente da República Manuel Alegre estaria somente talhado para ocupar o mais alto cargo político do país quando os ventos corressem de feição. Surpreendentemente, o poeta escreveu, no prefácio ao livro de Alfredo Barroso, o seguinte admirável trecho do pensamento político contemporâneo: "Sempre que vejo (os funcionários da troika) dou graças não ter sido eleito Presidente, porque não suportaria tamanha humilhação". O seu primeiro republicanismo patriótico obriga-o depois a divagar pelo lugar-comum, inventado por Fernando Ulrich, e afirmar que esta velha nação não deve andar de mão estendida para três funcionários da Troika (a aristocracia é assim: não aceita estender a mão para qualquer um).
Tenho a ligeiríssima impressão de que o que sobrou do milhão de votos da derrotada primeira eleição presidencial andará como Manuel Alegre: a dar graças!...

1 comentário:

Anónimo disse...

e faz a ariatocracia muito bem. Ai esses complexos de inferioridade que não passam.........

coisas

vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


neste momento...