Não lembrou ao diabo mas lembrou a Manuel Alegre: ficamos hoje a saber pelo próprio que o candidato a presidente da República Manuel Alegre estaria somente talhado para ocupar o mais alto cargo político do país quando os ventos corressem de feição. Surpreendentemente, o poeta escreveu, no prefácio ao livro de Alfredo Barroso, o seguinte admirável trecho do pensamento político contemporâneo: "Sempre que vejo (os funcionários da troika) dou graças não ter sido eleito Presidente, porque não suportaria tamanha humilhação". O seu primeiro republicanismo patriótico obriga-o depois a divagar pelo lugar-comum, inventado por Fernando Ulrich, e afirmar que esta velha nação não deve andar de mão estendida para três funcionários da Troika (a aristocracia é assim: não aceita estender a mão para qualquer um).
Tenho a ligeiríssima impressão de que o que sobrou do milhão de votos da derrotada primeira eleição presidencial andará como Manuel Alegre: a dar graças!...
1 comentário:
e faz a ariatocracia muito bem. Ai esses complexos de inferioridade que não passam.........
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