domingo, janeiro 02, 2011

cortes salariais em tribunal

Ouvi outro dia por acaso uma conversa de circunstância entre duas pessoas, num hipermercado. Os dois insurgiam-se contra o agravamento do nível de vida em 2011. Um deles rematou a conversação com isto: "se é para o bem do país!..." Uma nação é feita destas coisas, em que o bem comum, o perfil identitário prevalece a sintomatologias corporativistas.
Vem isto a propósito da notícia que tem vindo a ser explanada na comunicação social sobre a alegada inconstitucionalidade dos cortes salarias que entram em vigor neste mês de janeiro. Os agentes desta empreitada são o sindicato dos juízes (serão eles a julgar, em tribunal, a proposta) e a inevitável FRENPOF. Os juízes dizem que os cortes salariais reduzem em muito os seus vencimentos; os professores não dizem nada (a FENPROF dever-se-ia preocupar com outras latitudes protestativas e muito menos com estas espécie de questiúnculas abortivas). Ora parece-me facilmente entendível que os salários mais elevados serão os que levarão cortes mais elevados. Chama-se a isto proporcionalidade. Somos o segundo país da Europa com um maior índice de desigualdade salarial. Por conseguinte, tudo que seja uma tentativa de reduzir essa diferença será sempre bem vinda. Infelizmente, há quem continue a pensar demasiado corporativamente e se pense ad finem instalado em pedestais teimosa e acauteladamente dourados.

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vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


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