segunda-feira, novembro 17, 2008

os cara tapada

Que raio de sentimento de impunidade pairará na massa encefálica de algumas criaturas quando, por exemplo, se dirigem, ameaçadora e disfarçadamente, aos polícias e jornalistas que esperam, à porta do tribunal, os seus colegas de uma claque de futebol, os quais hão de chegar numa carrinha celular? Na verdade, esta gente que anda por aí em claques de futebol ditas organizadas, muitas das quais parecem pequenas empresas, tem, a meu ver, tempo de antena a mais. Daí que a comunicação social, que gosta deste tipo de manifestações energúmenas, tenha também a sua quota-parte de responsabilidade. Aliás, é muito difícil, hoje em dia, desanexarmos a importância da televisão (um dos grande educadores dos tempos que correm) do que de muito de medonho se passa na nossa sociedade. Neste sentido, basta olharmos com atenção para as grelhas dos três canais generalistas, para a boçalidade que lá grassa, para entendermos que caminhamos para uma espécie de deseducação social e cívica. Assim, quando estes meninos deixarem de aparecer nos ecrãs das televisões, desencadear-se-á nesse mesmo instante o início do fim das suas efémeras relevâncias.

Sem comentários:

coisas

vamos pela estrada e sentimo-nos bem. lá fora, o vento sopra, a neve cai, voam duas aves perdidas. eu sei que tenho de chegar a algum lugar...


neste momento...