Alguns professores de Viseu vão processar José Sócrates por este ter afirmado que os professores nunca foram avaliados. Pela minha parte, congratulo-me pelo facto de as televisões terem finalmente dado relevo a uma verdade indesmentível. Com efeito, os professores sempre foram avaliados. É verdade que o processo de avaliação dos professores caiu numa espécie de inoperância orgânica. Todavia, tal facto não tinha obrigatoriamente que resultar na confusão que actualmente se vive. E se a culpa é maioritariamente da equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, a qual se meteu num processo de avaliação sem saber ao certo do que se tratava (ao jeito de um experimentalismo pseudo-paliativo), também é verdade que os professores desde muito cedo se envergonharam na avaliação que haviam praticado até então nas escolas. Assim, bastaria a sustentação reiterada dessa verdade (com a óbvia determinação de desejar melhorias nesse mesmo processo avaliativo), para que a razão sempre morasse no lado das escolas, isto é no lado dos professores (afinal, as escolas são os professores e não o ministério). Mas não! Conhecedora das fragilidades da classe, Maria de Lurdes Rodrigues nunca desarmou e, teimosa e inscientemente, tenta levar a bom termo uma avaliação obtusa e incoerente.
(esboço do artigo publicado no jornal A Voz de Trás-os-Montes, em 20\11\2008)
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